
O Congá
Viemos esclarecer algumas
questões muito importantes sobre o congá como, o que é o congá? Qual sua função
no terreiro? Porque devemos ter respeito e cuidar nossos atos e pensamentos
perante ele?
Diante destas questões podemos
começar dizendo que o congá é o mais potente aglutinador de energias dentro do
terreiro, pois existe um processo de constante renovação de axé que emana do
congá, como um núcleo centralizador de todo o trabalho. Sendo assim temos as
seis principais características que o congá desempenha dentro de um terreiro de
umbanda, sendo estas as seguintes:
O congá é um atrator de
pensamentos que estão a sua volta, por isso ao estar diante do congá devemos
elevar nossos pensamentos, nossas ações, medir as palavras e comentários,
evitando conversas alheias, entrando em sintonia com nossos Guias e Orixás
(vibrações). Por isso tanto um consulente como um trabalhador da casa, quando
em frente ao congá vibra em fé, amor, gratidão e confiança, mais energias
positivas serão atraídas ao congá.
Funciona também como um condensador,
que após atrair as energias dos pensamentos de todos a sua volta às condensa,
canalizando toda essa energia para fins dos trabalhos realizados pelas
entidades. Por isso essa importância de mantermos os pensamentos elevados e
estarmos em harmonia para que geremos energias positivas com nossos pensamentos
evitando as energias negativas.
Quando uma pessoa ao entrar no
terreiro ainda tem formas-pensamentos negativas, ao chegarem à frente do congá
ele desempenhará a função de escoador energético, ou seja, atuando como um
pára-raios onde descarrega toda a energia negativa na terra.
Toda a energia gerada pelos
trabalhadores e consulentes do terreiro que são atraídas ao congá fará com que
ele desempenhe a função de expansor energético, expandindo e potencializando
com a ajuda dos Guias da casa e devolvendo-as para toda a assistência, em um
processo de troca constante.
O congá desempenhará também a
função de transformador energético, funcionando como uma verdadeira usina de
reciclagem de lixo astral (energias negativas), devolvendo-as como energias
positivas para a terra.
E por fim será um alimentador
energético, sustentando vibratoriamente todo o trabalho mediúnico, pois junto
dele fixam-se no Astral os mentores dos trabalhos que não incorporam.
Por tanto Todo o trabalho na
umbanda gira em torno do congá. A manutenção da disciplina, do silencio, do
respeito, da hierarquia, do combate à fofoca e aos melindres, deve ser uma
constante dos zeladores da casa. Nada adianta um congá todo enfeitado, com
excelentes materiais, se a harmonia do corpo mediúnico estiver destroçada.
Caridade sem disciplina é perda
de tempo. Por isso, para a manutenção da força e do axé de um congá, devemos
sempre ter em mente que ninguém é tão forte como todos juntos.
Fonte – Umbanda Pé no
Chão por Ramatís, psicografado por Norberto Peixoto.