Nosso
país passa por momentos incomuns em seu cenário político, econômico
e social, mas, sobretudo, por uma crise sem precedentes de ordem
espiritual, a qual se faz perceber nos desdobramentos do nosso momento político
e na conjuntura socioeconômica na qual estamos todos inseridos e imersos.
Não
podemos ignorar as palavras de Allan Kardec ao registrar que “de
ordinário, são eles [os espíritos] que vos
dirigem”. Sob esse pensamento, que traduz a realidade da vida nos
bastidores de todas as ações humanas, sabemos que as dificuldades enfrentadas
pelo povo brasileiro não são somente da parte daqueles que detêm o poder ou que
o veem fugir de suas mãos. Nós enfrentamos, neste momento, um dos casos
mais graves de obsessões complexas num âmbito generalizado em nossa nação.
O país passa por uma crise espiritual na qual as forças da oposição ao progresso culminaram
com a derrocada de valores e conquistas do povo brasileiro,
afetando, em grande medida, as instituições públicas.
Tudo isso levando-se em conta que, desde os bastidores da vida,
espíritos representantes das sombras, das trevas mais ínferas, têm manipulado suas marionetes —políticos,
homens públicos, empresários e homens do povo, desde as
pessoas mais comuns
até aquelas que em alguma grau detêm poder
ou liderança sobre a multidão e,
ainda, as que formam opinião e são capazes de
influenciar a situação reinante — a qual, a cada dia ,agrava-se
a passos claros.
Não
podemos desconsiderar que a arma da qual se utilizam os
representantes das trevas deste século é eficiente o bastante para minar
as forças daqueles que querem acertar, pois formam quadrilhas, grupos
de poder para os quais é mais importante sua manutenção no
poder, a qualquer custo, do que o bem-estar do povo e das
instituições que zelam por nosso futuro promissor como nação.
Não
nos esqueçamos de que, por trás de homens, estão as hostes
espirituais da maldade, que fazem de tudo para saquear os cofres
públicos, solapar a economia, fraudar, corromper os valores
éticos, assim roubando do povo brasileiro o sono de sossego
ou a fé em dias melhores. A estratégia dessas entidades consiste,
em larga medida, em promover a desgraça daqueles homens e
daquelas instituições que ainda acreditam e representam o bem, a
honestidade, a retidão de caráter e os valores que nos
tornaram, ao longo dos séculos, a grande nação que somos.
É a política das trevas, por meio de suas marionetes encarnadas, a deturpar tanto
o significado quanto a razão mesma da ética e de valores nobres e
sadios mediante o assassina toda fé do povo, alardeando uma
visão populista ao mesmo tempo que encobre sua verdadeira face
de estandarte do mal e das forças da escuridão.
Estamos
em plena guerra espiritual, na qual o campo
de batalhas está cada vez mais próximo de nós, de nossas famílias, de
nossas vidas. Não mais podemos pensar num tempo de tranquilidade ou de aparente
segurança, pois ninguém está seguro diante dos lobos travestidos em
peles de ovelhas com seus discursos preparados para enganar e
levar a multidão a erro. Em troca, deixam as
migalhas caírem de seus cofres particulares, ou dos cofres e das contas bilionárias das
quadrilhas que tomaram de assalto e aparelharam o governo, o país
e as instituições que deveriam nos representar.
Mas
não estão sós esses homens que assim agem. Como marionetes das forças
das trevas, eles representam um forte aparato de guerra que é utilizado a
fim de retardar o progresso e fazer com que as instituições do
bem sejam afetadas diretamente, pela força, a arrogância, as mentiras
e as pretensões das quais se valem para fazer afundar o
barco da nação brasileira.
A
política faliu; os homens públicos faliram; muitas empresas
sucumbiram mediante o abuso daqueles que tentam dominar a qualquer
custo, e, inclusive, muitos homens de bem, muitas pessoas de boa
vontade, iludidas, deixaram-se levar pelas promessas
vãs, pelas políticas públicas populistas, com seu idealismo patético
a distribuir suas migalhas, que ainda hoje retêm a
população mais sofrida na situação de dependência crônica dos
programas forjados para iludi-la, visando à ignorância do povo acerca do
que se comete nos bastidores. Misérias e bolsas oportunistas são oferecidas
à gente pobre mas também aos ricos, enquanto lobos
vorazes pilham a economia e buscam se manter disfarçados de
ovelhas no comando de uma das maiores nações do planeta.
Não
nos enganemos, meus amigos, pois não estamos lutando “contra a carne
e o sangue”, mas, como disse o apóstolo Paulo, “contra os
principados, contra as potestades, contra os príncipes das
trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade”. Em
outras palavras, a guerra não é contra homens, apenas; com efeito, é
de ordem espiritual. Nosso discurso não é meramente político,
mas de convicção espiritual da realidade dos seres trevosos com os quais
lidamos. Quem é incapaz de perceber a gravidade da hora, o estiramento das
convicções e o assalto aos valores em pleno curso, deve-se indagar,
honestamente, se sua visão já não está comprometida pelos feiticeiros da
hipnose vigente, pelos artífices da derrocada da nação brasileira, dos dois
lados da vida.
Por
isso, hoje não nos resta uma alternativa plenamente confiável, embora
vislumbremos a possibilidade de modificar esse panorama, dando um novo rumo ao
nosso futuro. Se, por um lado, não se apresenta alguém que reúna
condições genuínas e plenas de representar a nação e o povo brasileiro fazendo
frente a esta marca da corrupção que avassala desde Brasília até a base mesma
da sociedade — isto é, o povo comum—, pelo menos nos resta a
alternativa de optarmos por uma ética ou, quem sabe, pela
possibilidade de mudar, uma vez que o horizonte não nos aponta um líder ou uma liderança
isenta de chances de perpetuar o erro. Ou, mais
modestamente: diante do quadro dramático em que se vê a nossa nação, errar
menos já seria de muito bom grado diante do extremo a que chegaram os
representantes eleitos democraticamente pelo nosso povo, iludido pelas
promessas, as mentiras e as ideologias de um governo dos mais
corruptos que a história do Brasil já conheceu. Diante de
tamanha manipulação mental, hipnótica e
sensorial empregada por aqueles que formaram a quadrilha que nos
governa desde os bastidores do Palácio da Alvorada até os
bastidores da vida, sem dúvida errar menos já significaria grande avanço.
Nosso
momento é grave, não somente economicamente, mas espiritualmente falando. Sobretudo do
ponto de vista espiritual, pois sabemos, com o mínimo de
perspicácia e observação, que forças ocultas estão em plena concentração
na tentativa de afundar o barco da nação brasileira, sobre a qual já foi
dito, um dia, que deveria ser o coração do mundo e a pátria
do Evangelho.
Segundo
podemos constatar, o coração está parando; está enfermo e precisando
urgentemente de uma cirurgia moral, ética e espiritual. E é raro que
um processo cirúrgico não cause apreensão e seja
indolor.
Em
caráter emergencial, precisamos nos irmanar em oração, todos os que de
alguma maneira querem o bem do povo brasileiro. Precisamos pedir a
Jesus que tenha misericórdia dos filhos desta terra e das
lideranças e dos representantes do povo, mas que também sustente os
esforços daqueles poucos que resistem e querem acertar; dos que
militam em defesa da ética, da justiça, do desmascaramento dos lobos que
enganam e enganaram a multidão num momento frágil de sua fé no futuro e
utilizaram do poder de barganha para comprar com promessas levianas aqueles
que não souberam e ainda não sabem distinguir entre a ovelha e o
lobo — este, o bando que governa, distribuindo migalhas em
troca de votos e popularidade. Quem sabe, clamar para que os cidadãos
sejam capazes de discernir e identifiquem quem deseja ajudar
educando e objetiva, de fato, libertá-los da miséria, da servidão da
consciência e da ignorância. Precisamos nos reunir em oração, mesmo aqueles que
de alguma maneira ainda se deixam levar pelas promessas que já se mostraram vazias
e pelo idealismo disseminado em nome desta política
desumana, que com certeza não tem sua origem nos dirigentes
espirituais da nação, mas nas hostes da maldade, nos representantes da
escuridão que estão encastelados nos corações daqueles que, em troca do sofrimento
do povo brasileiro, tentam dominar e perpetuar-se no poder a
qualquer custo.
Nosso
convite é para orarmos, juntarmos nossas energias e possibilidades
espirituais, e não somente vibrações, para que nos
pronunciemos cada vez mais. Que tenhamos a coragem de sair de nossos lares, de
ir às ruas, de nos manifestar pelo bem e pelo direito, pela vitória da ética
e da dignidade. E não falo aqui a favor ou contra partidos
políticos, mas a favor do bem, da justiça e das conquistas de nossa nação.
Que
possamos descruzar os braços, sair do comodismo diante dos acontecimentos,
tentando de alguma maneira nos pronunciar a fim de não darmos ainda mais
razão ao pensamento de que, se o bem não domina, é porque “os
bons são tímidos” — ou fracos. Sem que se ergam os cristãos como
dantes se ergueram perante as arbitrariedades dos ímpios, que
culminaram nos circos romanos da Antiguidade; sem que nos mexamos e
façamos a nossa parte — muito mais do que simplesmente rezarmos e
pedirmos ajuda ao Alto, sabendo que todos somos a ajuda que o Alto envia para
agir no momento de crise —; sem isso, se
não agirmos e formos proativos, seremos apenas uma voz
rouca que, aos poucos, será silenciada em meio à
multidão dos que sofrem e do poder dos marginais a serviço da escuridão.
Seremos apenas miseráveis, escondidos em nossas casas de
oração, batendo no peito a clamar socorro, escondidos com medo
de nos mostrar em nome da causa do bem pela qual todos
deveríamos nos expor e mostrar que, juntos, podemos muito mais!
Não
se acanhem, não se iludam. Estamos em plena guerra espiritual, e, numa
guerra, onde estarão os representantes de um reino em tudo superior aos reinos
falidos dos homens e dos representantes das sombras?
Oremos, sim,
rezemos mais ainda, mas sobretudo nos posicionemos, em nossas redes sociais, em
nosso círculo de ação, em nossas famílias, no trabalho e na sociedade,
enquanto é tempo — antes que seja levantada a bandeira da
escuridão a substituir a do bem no seio do Brasil.
Esteja de que lado estiver, defenda você qualquer ideologia que defender,
qualquer partido político ou religião, saiba que você não está fora dessa luta
e, se não se posicionar urgentemente, será arrastado pelo caudal das
lutas e provações que já se avizinha da gente
brasileira, ocasionado pela política desumana e sombria dos seres das
trevas e de seus representantes políticos no mundo.
Relembrando
o pensamento de Edgard Cayce, numa de suas profecias modernas: nenhuma
instituição, nenhuma família, ninguém ficará isento de passar pelas lutas
e pelas provações coletivas que se abaterão sobre a nação neste
momento grave de provas a que serão submetidos o povo brasileiro
e o mundo em geral. Portanto, em nome do bem, em nome da justiça, em nome da
ética e da sobrevivência de nossa nação, dos valores morais
e das conquistas sociais, em nome de Jesus, que representa a
política divina do Reino, convocamos você a se pronunciar, a se mostrar, a
mostrar a sua cara e sair do comodismo de sua poltrona; a sair às ruas e
gritar, falar, divulgar nas redes sociais que nós, os que acreditamos num mundo
melhor, não compactuamos com a situação, a posição e as atitudes
de franco desequilíbrio espiritual, social, político, tampouco com
o desrespeito como vem sendo tratado o povo brasileiro nos últimos tempos.
Precisamos formar um feixe de varas, estar juntos, embora não fundidos,
mas, sobretudo, precisamos nos unir no propósito de enfrentar as
hostes da maldade instaladas em Brasília e nos bastiões do poder em
todo o território brasileiro. A bandeira do bem e da justiça urge ser
hasteada, e os bons, os que dizem representar o
bem, precisam sair de seu ostracismo e mostrar que realmente
representam uma política divina, e não a política humana marcada
pela corrupção dos valores e da fé.
Pelo espírito de Tancredo Neves, na companhia de José do Patrocínio e Getúlio Vargas, por Robson Pinheiro.
