A vida no plano astral.
O maior problema quanto à vida após a morte é que o homem
acredita que a verdadeira vida é a terrena, tanto isso é verdade, que muitos ao
desencarnar continuam a buscar as mesmas coisas que faziam quando vivos, e
demoram a conceberem que já se encontram desligados da carne, isto é, “mortos”.
A vida astral, em seu panorama geográfico, comparando com a
nossa visão e linguagem limitada, podemos dizer que é parecido com a geográfica
terrena, porém, isso se dá em alguns aspectos, ou seja, no plano astral ou
extrafísico, como queiram chamar, existem também colinas, rios, cachoeiras,
cidades, prédios, automóveis e tudo mais. Contudo, errado seria se pensássemos
que a vida espiritual é uma cópia da vida terra, pois é ao contrário que se
procede, pois a vida espiritual é a vida eterna, e a terrena é a passageira,
tanto isso é verdade que ao observarmos os relatos dos espíritos, identificamos
que os meios que se utilizam são em muitos mais avançados que os nossos.
Falar dessa forma parece algo tão natural não é mesmo? E a
gente achando que o plano astral, isto é, dimensão onde a maioria dos espíritos
vivencia sua caminhada rumo a Ascenção, lógico que aqui estamos tratando da
Terra, é algo absurdo e fantástico, muitas vezes futurista, ou ainda, que este
local é feito de somente campos e flores, realmente as coisas não são bem
assim, visto o olhar dos espíritos em diversas obras, como legião, nosso lar, a
vida além da sepultura, e tantos outros.
A maior surpresa dos desencarnados é quando chegam ao outro
lado e veem que “aparentemente” tudo que tem aqui também tem lá, só que com
geometrias, cores e perfumes muito mais vivos, belos e intensos, isto
logicamente está associado a elasticidade do plano astral.
Da mesma maneira, temos que entender que também há vidas em
grupos, pessoas afins, comunidades, ora, na terra procuramos pessoas que tem os
mesmos gostos para que a conversa flua de maneira mais agradável, os partidos
se reúnem em volta de uma bandeira, os torcedores falam de seus times. Da mesma
maneira esse modus vivendi também ocorre no plano astral, espíritos afins
também se reúnem de acordo com seus gostos, alguns para estudar, outros para
ajudar, outros para continuar a caminhada junto, em fim, a questão é que também
se agrupam. É o que chamamos de afinidade vibratória, isto é, espíritos com mesmas
vontades e pensamentos acabam por ficarem juntos, entretanto, nem tudo é um
sonho como muitos podem achar, pois da mesma maneira que há espíritos com
propósitos bons e pensamentos não prejudiciais, também há espíritos que sentem
dor, medo, angústias, raiva e ainda, aqueles que discordam de tudo e desejam
realmente buscar o meio de prejudicar o progresso e seu semelhante.
Aí está novamente a afinidade vibratória agindo no plano
astral, onde espíritos com tais pensamentos acabam por ficarem juntos, por criarem
comunidades com o mesmo fim maldoso e tirano, obviamente que estes locais
possuem estruturas também, como montanhas, vegetações e estruturas como prédios
e casas, porém, assim como o câncer se alastra tal qual mancha negra nos órgãos
internos do ser, tais estruturas e regiões são densas como a doença, muitas
cheiram mal, e não possuem aspecto agradável, algumas são circundadas por
lamaçais, outras por nevoeiros, sob a noite interminável.
Alguns arriscariam a dizer que o inferno então existe,
porém, se assim fosse, também teríamos o inferno no plano material, ora, basta
olhar para as zonas de cracks, as periferias, pontos de droga e prostituição,
não há inferno no sentido mais amplo da palavra, mas ainda podemos sentir o
cheiro ruim, o aspecto devastador da morte, os lamaçais também ali fazem
moradia, e a sensação de bestialidade parece tomar conta de tais locais. Ainda
ai é a afinidade vibratória, porém, chamadas de escolhas, outros por vício e
por afora vai.
Entendamos então que tais zonas, belas e alegres, neutras e
insossas, desagradáveis e horripilantes, existem tanto no plano astral quanto
no plano terreno, pois como falamos em momentos anteriores, o plano terreno é
cópia do astral, sendo assim, não seria diferente na vida após a morte.
