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quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Ferramentas Universais: Benzimento

Salve à todos, no dia de hoje daremos prosseguimento a série "Ferramentas Universais", desta vez abordando a prática do Benzimento, demonstrando previamente seu contexto histórico a fim de que conheçamos esta prática um pouco melhor, desmistificando a ideia dela pertencer a determinada religião e mostrando como ela pode ser utilizada nas mais diversas religiões.


Benzimento:

Pois bem, no dia de hoje vamos falar de outra ferramenta universal, e esta pode ser utilizada dentro de qualquer religião sem descaracterizar a mesma, isso mesmo, o benzimento pode ser utilizado sem causar problemas com a fé de nosso semelhante, logo mais veremos o porquê desta afirmativa.

Mas pera aí. Estão falando sobre ferramentas que podem ser utilizadas em todas as religiões, mas o benzimento é pertencente à religião Católica não é mesmo? Calma, vamos começar buscar na história como surge o benzimento para que possamos entender melhor o porquê muitas vezes acreditamos que o mesmo é pertencente a religião católica.

O benzimento possui tal influência religiosa, pois nas épocas das missas, onde os padres tinham a disciplina de rezarem as mesmas, surgiu a tradição de rezar em nomes de santos ligados as igrejas que se ligavam a determinados padroeiros (as) que representavam uma região onde essa igreja era fundada. Sendo assim, as beatas e os beatos da igreja que queriam abençoar todas as bênçãos que recebiam, isto é, queriam de alguma forma agradecer estas bênçãos, dividiam os supostos milagres que aconteceram em suas vidas, levando através da oração ao santo, uma benção para os transeuntes que durante o dia passavam e entravam na igreja. Neste momento então surgem as primeiras rezadeiras que surgiram abençoando àqueles que por ali passavam.

Dentro desta visão criou-se uma força muito grande dentro do benzimento evocando ao santo católico. Porém, temos que entender que o benzimento não pertence à religião católica, pois a prática do mesmo nada mais é do que doação de energias, isto é, doação daquilo que temos de melhor dentro de nós. Sendo assim, não existe só um credo religioso que permita esta doação de fluidos positivos ao nosso semelhante a fim de auxiliá-lo.

Para entendermos isto devemos compreender primeiramente o significado do benzimento, saibam que o ato de benzer significa “Abençoar”, e como abençoamos? Ué, muitas vezes a mãe quando vê o filho sair de casa não fala para ele: “Fica com Deus meu filho”, “que Deus te proteja”, “Deus te abençoe”? Pois então, isso é abençoar, através da palavra, que nada mais é do que a materialização do pensamento e do sentimento, que como falamos a cima, transmite os fluidos positivos ao seu semelhante, abençoando-o com energias benfazejas.

Vejam que assim como o Magnetismo não pertence à religião alguma (em outro post falaremos especificamente sobre o magnetismo), pois é inerente a todo o ser humano, isto é, todos o possuem e dele podem se utilizar caso saibam, o benzimento não é diferente, até por que podemos chamar o mesmo de um dos “braços do magnetismo”. Porque isso? Por que quando o bento vai benzer alguém, ele reza, e ele utiliza da sua vontade, do seu amor, do seu sentimento, rogando a Deus para que na vontade Dele tal pessoa seja curada disso ou daquilo. Vejam que embora haja essa rogativa, os espíritos que vem em auxílio durante o benzimento, e cabe aqui salientar que não estamos falando de incorporação, somente os espíritos afins que vem em auxilio, movimentam essa cota de magnetismo nosso, que doamos durante o benzimento, e misturam com os demais fluidos e aplicam sobre o paciente, auxiliando assim nas suas curas das mais variadas.

Vejam que em nenhum momento falamos que tem que rogar a este Santo, espírito ou Orixá, mas sim a Deus, e este está presente em todas as religiões, seja como Tupã, Allah, enfim, qualquer nome que queira dar, será sempre o mesmo, o Único Criador. Há ainda outra peculiaridade que o benzimento nos proporciona, ao benzer alguém podemos perguntar ao paciente se ele é devoto de algum Santo em específico, Orixá, ou qualquer outra divindade, e se ele disser que é devoto de uma divindade diferente da sua, o bento pode falar: “tudo bem, vamos rezar a esta divindade juntos pedindo o auxílio dela”, assim o bento deixa a pessoa mais confortável e segura de que vai funcionar o benzimento, se colocando com mais fé e vontade para receber o tratamento. Tal procedimento não muda em nada o fator do benzimento, pois todas as curas não estão dentro daquilo que queremos, mas sim de acordo com o merecimento da pessoa e vontade de Deus.

Sendo assim, podemos compreender que o benzimento tem uma visão universalista, pois ele pode ser adequado às praticas de abençoar ligadas a determinadas religiões. Outra coisa que é interessante que compreendamos é que para a pessoa ser bento, não é necessário que a mesma pertença a nenhum tipo de credo religioso.

Para ser bento necessário é ter a boa intenção no coração e a vontade de ajudar nosso semelhante. O benzimento é a manipulação das forças da natureza, manipulação da energia da fé e a doação de ectoplasma, que acompanhada por espíritos superiores, são transmitidas ao enfermo, a fim de curá-lo de um mal ou reequilibra-lo energeticamente.

Compreendemos assim, que uma casa espírita, uma igreja católica, evangélica, um centro de umbanda, roça de candomblé ou qualquer outro centro ou agremiação religiosa pode incluir em seus trabalhos um tempo que dedique aos benzimentos para o auxilio de seus frequentadores, sem descaracterizar sua religião e seus fundamentos.


Novamente lembramos que toda a ferramenta ou técnica utilizada é necessário prévio conhecimento, portanto, estude e conheça a mesma antes de sair utilizando-a por aí. Tenha consciência e use sempre do bom-senso.

Referência:
Apostila do Curso de Benzimento - Géro Maita