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terça-feira, 19 de abril de 2016

Ideoplastia: Poder criador da mente

A vontade e a determinação mental que o espírito emite em sua atuação no Universo, produz o pensamento, e o pensamento é energia, e por ser energia, o mesmo é capaz de transformar, modular e moldar os fluidos que o mesmo envolve.

Mas dizer que o pensamento é capaz de transformar, modular e moldar os fluidos, é dizer que podemos criar o que bem entendemos? Será que toda vez que pensamos em algo criamos imediatamente esse algo? É tão fácil assim criar coisas com o pensamento?



O bom senso e a razão nos faz pensar que não. Não acreditamos que o simples ato de pensar é o suficiente para criar, plasmar algo a nossa volta. Afirmamos isso, mesmo sabendo que somos dotados de um poder co-criador imenso, e que o mesmo se une a cota de magnetismo e emoções/sentimentos que imprimimos em um pensamento.

Com certeza todo ato mental, toda idealização, planejamento e estruturação de imagens no mental do espírito gera energias(matéria psi), ondas e forças que se propagam ao redor do mesmo, mas, isso vai depender de alguns fatores básicos.

Esses fatores são: foco ou concentração mental, força de vontade no ato de pensar, emoções e sentimentos impressos no ato.

Um simples pensamento que o espírito emite é capaz de gerar cores, sons e ondas que irão se propagar no meio que o mesmo se encontre, somente por determinada distância, que irá depender da força empregada no ato do pensamento.

Uma coisa é onda mental ou energia mental. Outra coisa é formas pensamento, imagens mentais e elementos artificiais plasmados pelo pensamento.

A primeira é propagação de uma força do espírito, já a segunda, é a utilização dessa força de maneira consciente, elaborada e organizada, por determinado tempo e fim.

Estamos falando sobre isso, pois, é muito comum ouvirmos de alguns oradores que falam a respeito do mundo espiritual, ou  até lermos em algumas obras de cunho espiritualista, afirmando que o simples ato de pensar em algum tipo de remédio, alimento, por exemplo, é capaz de criar uma cópia no plano "espiritual", que pode ser utilizada a favor de um espírito necessitado.

Parece que é muito fácil ser um cooperador e hábil contribuidor em trabalhos espirituais, bastando pensar rapidamente em algo, para que o algo se concretize. Como se a mentalização, o foco, a lucidez mental fosse algo que todos possuem em pleno equilíbrio, sem nenhum esforço ou exercício contínuo.

É no mínimo estranho, estando nós encarnados, em sua grande maioria, aprendendo a lidar e controlar o mundo das emoções, mal dominando os instintos, os quais não faz muito tempo que deixamos de vivenciar em nossa caminhada evolutiva, já consigamos deter um "esplêndido" poder mental.

A maioria das pessoas passa mais de 8 horas por dia na frente de redes sociais, passando o "dedinho" na barra de rolagem do celular, sendo bombardeadas por informações e imagens, que na sua grande maioria incitam o erotismo, violência, fofoca e ociosidade.

Passamos horas e horas acostumando o nosso cérebro a operar numa condição de passividade psíquica, e temos a inocência (só pode ser isso) de afirmar que criamos duplicatas e mais duplicatas no plano astral durante os trabalhos de "cooperação" com os espíritos em nossos centros.

Pensemos: como seria possível um cérebro super passivo e atrofiado para elaborações mais complexas, ter essa grande maestria de criar objetos e paisagens no plano astral? Que mágica é essa?

Luiz Gonzaga Pinheiro, na sua obra "O perispírito e suas modulações" nos mostra maravilhosas informações a cerca dos fenômenos da ideoplastia, ou seja, a capacidade de criar, transformar e modular os fluidos sutis ou grosseiros, com nosso poder mental.

Nos diz ele que, uma coisa é alguém simplesmente lembrar de uma flor, mas não detém conhecimento sobre sua particularidade física, química, reprodutiva, e mentaliza a mesma de maneira bem clara, e consegue gerar uma cópia dessa flor exatamente como a mentalizou, com seu formato, cor e aroma.

Outra coisa é alguém, com conhecimentos de química, botânica e fitoterapia mentalizar essa mesma flor, mas agora, teríamos uma flor realmente completa, pois essa pessoa sabe as características moleculares dessa flor, todos seus detalhes externos, mas também aqueles internos, todas suas peculiaridades que o leigo não detém conhecimento. Assim, essa flor será uma "cópia" que terá uma atuação real.

Essa flor real sim, poderá ser utilizada pelos espíritos na fabricação de um remédio, ou uma terapia energética, não sendo simplesmente uma mera imagem mental incompleta, como no primeiro exemplo que citamos, de um leigo a mentalizar uma flor ao seu gosto.

Atentemos para o seguinte aspecto, nem o autor do livro, nem nós estamos afirmando que não podemos contribuir com nosso conhecimento e nossa força de vontade durante trabalhos medianímicos de auxílio espiritual, e sim que, necessitamos do auxilio dos espíritos para que em pareceria, nossas criações mentais sejam completadas, aperfeiçoadas por espíritos conhecedores dessas minúcias, para assim as mesmas serem utilizadas em proveito dos espíritos ou de nós mesmos.

Essas informações que conversamos hoje, nos servem para colocar-nos no devido lugar, sabendo que somos sim importantes nos trabalhos espirituais, que temos sim potencial magnético, sentimentos e pensamentos nobres, mas que muitas vezes não bastam.

Muitas vezes, as afirmativas que ouvimos de que somente o amor e a boa vontade bastam para fazer a "caridade", na sua grande maioria, mascaram o orgulho e a preguiça de sair do comodismo, descer do pedestal de suposto(a) conhecedor(a), e se colocar na posição de aprendiz.

As nossas capacidades somente terão total eficácia quando bem utilizadas por nós e quando os espíritos combinarem suas forças com as mesmas. Os espíritos, tendo maior visão e alcance moral e intelectual (de acordo com sua evolução é óbvio), é que irão conduzir nossas faculdades da melhor maneira e de acordo com as tarefas a serem desempenhadas.

Nosso dever é engrandecer nossa moral, para que nossas emoções e sentimentos sejam mais elevadas e coerentes com os trabalhos que afirmamos realizar. Necessitamos expandir e praticar nossos conhecimentos para que nos tornemos ferramentas afiadas e atualizadas nas mãos dos nossos amigos espirituais, sendo nossos pensamentos mais detalhados, bem elaborados, firmes e claros.

É por isso que os espíritos, cada vez mais, batem na mesma tecla: Estudo, estudo, estudo!

Já dizia um querido irmão nosso:

"Quando o trabalhador está pronto, o trabalho aparece!"