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sábado, 2 de abril de 2016

Soluções

Boa noite pessoal! Trazemos aqui um trecho do livro "Conflitos Existenciais", da autora espiritual Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Pereira Franco. Esperamos que com essas palavras de incentivo e reflexão, possamos nos tornar mais lúcidos e conscientes de nossas capacidades e potências, que se bem utilizadas podem nos levar a lugares que nunca chegamos, e sentir emoções e sentimentos que nos trarão imensa satisfação. Boa leitura a todos!

"O ser humano possui tesouros íntimos inigualáveis, ainda não
explorados conscientemente.

Diante dos impositivos existenciais, cumpre-lhe recorrer a
esses valores grandiosos, empenhando-se pela superação dos
impedimentos que lhe surgem como fenômeno perfeitamente
normal e comum a todas as demais criaturas.

A necessidade dos enfrentamentos faz parte da existência
humana, sem os quais o processo de crescimento interior ficaria
interrompido, dando lugar a transtornos profundos de
comportamento que se transformariam em patologias de difícil
solução.

O ego que teme o denominado fracasso, que é sempre um
insucesso previsível e reparável, resolve evitar os processos
desafiadores, mascarando a realidade e fugindo para o mundo de
fantasia, constituído de sonhos utópicos e irrealizáveis gerados
pelas frustrações.

Pequenos exercícios de afirmação da personalidade e de
autodescobrimento dos valores adormecidos funcionam como
terapia valiosa, por estimular o paciente a novos e contínuos
tentames, que vão se coroando de resultados favoráveis,
eliminando o sutil complexo de inferioridade e mesmo diluindo, a
pouco e pouco, a culpa perturbadora.

Cada vitória, por mais insignificante que se apresente, serve de
base para futuros cometimentos, que facultarão a autoconfiança,
o reconhecimento das potencialidades ignoradas que respondem
pelas forças morais de que é possuidor o Self.

Quanto mais se transfere o encontro com a realidade elaborada
pelo Eu consciente atual, mais difícil torna-se a construção da
identidade pessoal, que se apresenta como destituída de
significados elevados, ocultando as imperfeições que, afinal,
fazem parte de todo processo evolutivo.

À medida que se alcançam patamares mais elevados, outros
surgem convidativos, demonstrando que não existe
pouso definitivo para quem deseja a plenitude, sem novas
metas a serem conquistadas.

Adicionando-se realizações, umas sobre as outras, ocorrerá um
somatório de experiências que impulsionam o indivíduo com
segurança no rumo certo da realidade.

Ninguém atinge o acume de um monte sem haver superado as
dificuldades iniciais das baixadas. Vencida uma etapa, mais fácil
torna-se o avanço na direção de outra até ser conseguido o
objetivo buscado.

A verdadeira saúde psicológica não anui com a precipitação
nem com o destemor, que pode parecer heroísmo. Quase todos
triunfadores viveram momentos de medo e de perplexidade antes
de alcançarem o êxito que ora coroa as suas existências.

Nesse sentido, a prática das boas ações oferece encorajamento
para realizações mais amplas nos relacionamentos interpessoais,
na convivência social e no amadurecimento da realidade pessoal.
Sempre quando alguém se predispõe a auxiliar, experimenta
forte empatia, que resulta de contínuas descargas de adrenalina
estimuladora que encoraja para novas realizações e bloqueia os
temores infundados.

Quando surge essa disposição real para superar as fugas
psicológicas, conscientes ou não, automaticamente desenvolvemse os sentimentos íntimos, proporcionando bem-estar e alegria de
viver.

Torna-se um tormento a manutenção das fugas emocionais, o
escamoteamento da própria realidade, mascarando o ser de
júbilos que não existem e de satisfações que são irreais.
Assumir, portanto, as próprias dificuldades constitui um dos
passos necessários para superá-las.

Como todos os indivíduos são seres humanos em processo de
crescimento, em conserto, na trajetória carnal, porque ainda
portadores de imperfeições de vários tipos, a aceitação de si
mesmo conforme se encontra é recurso valioso para a
compreensão dos limites que caracterizam os demais, tornando-os tolerantes em relação às faltas alheias, em face das próprias
condições agora conhecidas.

A culpa transforma-se em auto-perdão, o medo faz-se estímulo
para o avanço contínuo e as incertezas convertem-se em
convicções em torno da própria vitória: a saúde integral!"

(Conflitos Existências, por Joanna de Ângelis, Divaldo Franco, Cap. 1 "Fugas Psicológicas")